Copirraite

A cada dia que passa eu acredito mais e mais na teoria de que as escolas nos embrutecem. Entramos com milhões de sonhos e idéias e aos poucos as “tias” vão nos moldando… o problema é que dentro do molde não cabe a imaginação. Ela foi ficando pelo meio do caminho, coitada.

Às vezes até lembram dela. “Think out of the box”, they say. Como se ela estivesse logo ali, pronta para ser socada para dentro da cabeça, bastando para isso uma sessão de brainstorm, uma “isca” para a pobre e esquecida criatividade. Bom, não basta.

Lembra-se de quando você era criança e sabia desenhar? Antes mesmo de escrever? O que aconteceu? Você despejou todos os seus dotes artísticos para que entrassem as vogais, consoantes e regras de acentuação? Acho que não hein… Acho que você simplesmente não acredita mais que pode desenhar. Tem medo do que pensarão sobre você, alguém que, onde já se viu, desenha! “Isso é coisa de criança.”.

Agora sou “gente grande”, formado quase pós-graduado, e sinto saudade da minha imaginação. Ela está me fazendo falta por que hoje a palavra de ordem é inovação. Agora, me explica como vou inovar sem imaginação? Não dá.

Por isso ando buscando mais contato com coisas que estimulem outras áreas da minha mente. Áreas que estavam empoeiradas e atrofiadas. Mais criatividade. Mais arte. Menos racionalidade. Menos teoria, mais teste, mais prática, mais mão na massa. Usar mais o lado direito do cérebro.

Eu tradicionalmente colocaria um vídeo do Sir Ken Robinson ao falar de educação (vale muito a pena assistir), mas hoje coloco outro (também do TED) de um cara sobre quem nunca tinha ouvido falar…

Pode até parecer que aprender a mexer em hardware ou software, se envolver com trabalhos manuais, o DIY (do-it-yourself), não vai ajudar um administrador. Mas eu discordo. Acho que o contato com essas coisas, fora do padrão, fora do meu dia-a-dia, tornam-se o brainfood que eu preciso para inovar. É do diferente, da pausa para a “decoração” que saem as soluções mais inesperadas e sensacionais.

Esse blog é um convite às pessoas que esqueceram como é bom “fuçar”, desenhar, imaginar… que conheçam coisas novas e interessantes e que elas sirvam de alimento à sua criatividade.